“Joga-se nas profundezas abandonadas da mina, um ramo de árvore desfolhado pelo inverno; dois ou três meses depois, ele é retirado coberto de cristalizações brilhantes. Já não podemos reconhecer o ramo primitivo. Chamo de cristalização a operação do espírito que extrai de tudo que se apresenta a descoberta de que o objeto amado tem novas perfeições. (...) Um homem apaixona vê todas as perfeições naquilo que ama; no entanto, a atenção ainda pode ser distraída, pois a alma se sacia de tudo que é uniforme, até mesmo da felicidade perfeita.”
"O amor é como aquilo que se chama no céu de via láctea, uma massa brilhante formada por milhares de pequenas estrelas onde cada uma delas pode ser uma nebulosa. O que se pode conhecer do amor pelos romances? Faço todos os esforços possíveis para ser seco, quero impor silêncio ao meu coração que acredita ter muita coisa a dizer, receito sempre ter escrito apenas um suspiro quando julgo ter anotado uma verdade."
Stendhal, ("Do Amor", 1822).
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Cristalização | ESPERANÇA E MEDO
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